O Grande Acupunturista é um artista e um sábio generoso. A Tradição iniciou-se no mistério, e ele se encontra diante da porta de todas as maravilhas. Sua mão se dirige por si mesma para os “lugares” do corpo onde, no cruzamento dos sopros, se enraízam os Espíritos. Hábil e compassiva, esta mão se entrega por inteira à inspiração dos Espíritos que habitam o Acupunturista. Sua ciência é monumental, sua destreza ágil e suave, seu toque, o de um músico cego, seu coração se enleva num impulso magnânimo. Os movimentos da agulha refletem essas qualidades. Ele penetra, indo ao encontro dos sopros de um paciente no qual já se reconheceram a condição e o aspecto imediatos. A relação yin/yang está alterada (…)
(…) Mas nada está perdido, o Acupunturista de quem fala o LingShu o ajudará a sair do seu próprio mal. Ele o acompanhará “interrogando o ninho e questionando o sopro” (…) ele alcançará os enraizamentos da Vida onde, a cada instante , chega “o virgem, o vivaz”.
Com a mão que se tornou afiada e precisa, pelo manuseio das agulhas que ele seleciona como um pintor escolhe seus diversos pincéis, o Acupunturista se deixa guiar pelos seus próprios Espíritos (…)
Elisabeth Rochat de la Vallée/Claude Larre
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